Textos controversos foram lidos hoje a respeito do que é arte contemporânea.
Qualquer manifestação de cunho autoral, com algum significado para o agente, pode ser considerado arte.
Basta ter um significado para si, os demais que aceitarem sua "ideia" podem validar tal gesto como arte ou não, e os demais cidadãos, se não quiserem refletir, que aceitem as argumentações do restrito grupo.
Agora, se os demais cidadãos, quiserem refletir, podem muito bem contradizer o que estão chamando de arte.
Tudo pode ser arte. Pode? Então, nada é arte.
Tudo já esta feito (ah! Duchamp), só é necessário ser re-significado, ser re-visitado, ser re-descoberto.
A obra contemporânea, já não fala por si só.
Ela depende do enunciado, do catálogo, da história do artista, do seu percurso.
Particularmente, penso que o ser humano está mesmo vivendo o desespero de não saber o que fazer com a existência. Consumo frenético, esgotamento de recursos naturais, toneladas de entulhos e lixo. O poder nas mãos dos que tem veículo de comunicação. Decisões econômicas regendo o planeta.
O planeta agonizando em desequilíbrio: queimadas, e secas, enchentes, tsunames, ar seco e temporais jamais vividos.
Comida pronta, sem esforço. Mulher conquistada, sem esforço. Pensamentos prontos, sem esforço.
Tudo pronto.
Arte sem esforço.
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