Nem são os trabalhos mais excelentes de Caravaggio ( a não ser "São Jerônimo que escreve"), mas vale o trabalho.
Sucesso de público. É prazeroso ver pessoas de 8 a 90 anos apreciando, querendo conhecer mais da vida de Caravaggio, e das obras dos sécs. XVI e XVII. São poucas informações. Mas, é mais que nada.
A Igreja rejeitava alguns de seus trabalhos.
Não sei a razão da curadoria omitir isso.
Caravaggio, com o uso de mendigos, prostitutas, como modelos para os personagens bíblicos das suas pinturas, fazia o que não era usual na chamada "arte sacra" , e a Igreja execrava essa sua prática de substituir o cânone da estética religiosa de que os "santos" deveriam ser representados como pessoas bonitas. Um dos exemplos, o São Jerônimo, um "santo" é retratado apresentando tremenda dificuldade para escrever. (Reparemos na tensão de suas mãos e sua postura nada relaxada). Demonstrando esforço humano e não inspiração divina.
Seguidores.
Pintores que se inspiraram em seu estilo também estão presentes na exposição. Mas sabe-se que Caravaggio não teve alunos, como bem afirma os textos da exposição,parece que "seguidores"
é um termo um pouco forçado, nesse caso.
Ainda que somente tivéssemos "São Jerônimo que escreve" já teria valido a pena ir ao Masp.
2 comentários:
O quadro "São Jerônimo que escreve" é lindíssimo. É lindo a forma com ele vem da escuridão para luz...
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