O conflito:
Então, conforme o que apresentou o professor, para  os filósofos fenomenologistas os fenômenos não têm essência, não admitem que haja essência. Pensei então, " não admitem que haja uma "costante", tipo, fase, no  comportamento do ser humano ao longo de sua existência".   Aí perguntei :"Por exemplo: o conflito da passagem da infância à adolescência, um estranhamento, uma rebeldia, que cedo ou tarde todos manifestem? Como os fenomenologistas  vêem isto?
( Pois para mim, o conflito, o estranhamento, é inerente ao ser humano. É uma "constante"  e que revela que há uma essência com manifestações diversas.)
O professor citou que as pessoas do Butão, no último Globo Repórter se declararam felizes, realizadas em comparação com nosso "modus vivendi" ocidental.
Disse que elas e tantas outras culturas, podem não manifestar esta "fase de rebeldia, de adolescência" que eu citei.
Disse-me: "Como você pode afirmar que um egípcio, na antiguidade tenha essa fase de conflito?"
"- Não posso afirmar isso. Mas creio que todo ser humano, na sua trajetória tem uma fase de estranhamento, de incômodo,  que pode se manifestar em  rebeldia ou algo conflitivo.
Não creio que haja um ser humano sequer que aceita sua condição plenamente."
- Como você pode querer afirmar isso sem ter base científica? Afirmar que 7 bilhões de pessoas têm conflitos?
- Não posso fazer essa pesquisa, mas se sairmos perguntando para as 7 bilhões de pessoas hoje, se cada uma delas é plenamente feliz ?Se nunca teve algo de estranhamento na sua vida? Não acredito que vá haver uma única pessoa que diga que sempre esteve em conformidade com tudo na sua vida.
Sendo assim, creio que todo ser humano, independentemente da época, da cultura, passa por uma fase, ou se rebela contra algo que não aceita, ou não entende.
(O debate foi interrompido aqui. Não fomos civilizados suficientemente para aceitarmos uma hipótese diferente. Resumi e simplifiquei algumas colocações sem mudar os significados.Não se pode afirmar que todos tenham um conflito, como também não se pode afirmar que haja um, que não tenha  nenhum conflito).
Quanto ao povo do Butão,  que se declarou feliz comparando sua vida com a vida no ocidente. Ou seja, não por convicção plena, mas sim por antítese.
Um exemplo rude: Talvez se perguntados se estão plenamente felizes com suas vidas, se não se queixavam de nada, nunca, provavelmente teríamos as mais diversas respostas, desde um nariz torto, ou um tecido que o vizinho tenha, enfim...)
Portanto, creio que haja um "traço", uma "constante" no comportamento do ser humano. Nesse caso, o estranhamento, o conflito.
E minha questão é:
Se os fenômenos acontecem somente no momento e nunca são da mesma ordem.
Como se explica na fenomenologia as "constantes", um outro exemplo, para as civilizações que temem a morte? O medo não é essencial?
Se alguém tiver uma resposta, por favor, escreva-a.
Grato.
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